Uma teóloga feminista gerou uma grande e polêmica discussão no meio acadêmico este mês ao publicar um artigo afirmando que Jesus pode ter sido um hermafrodita (nascido com os dois sexos).
Mesmo que a doutora Susannah Cornwall afirme ser “simplesmente um palpite” que Jesus era do sexo masculino, seus comentários geraram indignação em alguns setores.
Susannah Cornwall
A Dra. Cornwall, ligada ao Instituto Teológico Lincoln, da Universidade de Manchester, descreve-se em seu blog (veja o blog clicando aqui) como uma especialista em: “Pesquisa e escrita sobre teologia feminista, sexualidade, gênero, realização, ética e outras coisas divertidas como essas”.
No artigo assinado por ela, “Intersexo e Ontologia, uma resposta à Igreja, às bispas e à Provisão”, ela defende que não é possível saber ”com certeza” que Jesus não possuía uma condição intersexual, tendo nascido com órgãos masculinos e femininos.
Seu argumento principal é: “Não é possível afirmar com certeza de que Jesus era um homem como nós, hoje, definimos a masculinidade. Não há como saber ao certo que Jesus não tinha uma condição intersexual que lhe daria um corpo externamente masculino, mas que podia ter algumas características físicas femininas escondidas”.
A motivação para sua publicação foi a de necessidade contribuir para o debate atual, no Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra, Anglicana, sobre a ordenação de bispas, que tem dividido uma igreja que já aceita a ordenação de bispos gays.
Cornwall argumenta que o fato de Jesus não ter gerado filhos faz com seu gênero seja “ainda mais incerto”. Ela continua: “Não podemos saber com certeza que Jesus era do sexo masculino, uma vez que não temos um corpo para examinar e analisar. Logo, o Jesus visto [nos Evangelhos] como gênero masculino precisa suportar o peso de toda esta autoridade”. Para reforçar seu argumento, ela cita o trabalho do pastor anglicano e ginecologista John Hare, que defende a homossexualidade como uma questão genética.
Para os fiéis da sua paróquia, a teoria da Cornwall é vista como algo “totalmente ridículo”. Um deles afirmou, indignado: “Ela não pode dizer que Jesus não era um homem só porque ninguém jamais viu o seu pênis”.
Fonte: Gospel Prime, com informações traduzidas e adaptadas de Telegraph e All Voices
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