Era só o que faltava! Leia a matéria abaixo e veja o que acontece no mundo acadêmico teológico. Com base em literaturas apócrifas e em supostas provas arqueológicas, uma teóloga ateia, afirma tal desparate.
Conquistar um título de doutorado em Teologia na conceituada Universidade de Oxford, Inglaterra, não é algo fácil. Quando se é mulher e ateia, torna-se algo ainda mais complicado. Mas Francesca Stavrakopoulou (foto) chegou lá e hoje é professora do departamento de Teologia e Religião na Universidade de Exeter e apresenta semanalmente uma série produzida pela BBC chamada Os Segredos Escondidos da Bíblia.
No episódio que foi ao ar duas semanas atrás, ela divulgou a sua tese: os antigos israelitas pensavam que o seu Deus Yahweh [Jeová] foi casado. Ou seja, o politeísmo, adoração de muitos deuses, não foi uma corrupção de alguns israelitas do monoteísmo. Eles tinham, segundo ela, bons motivos para crer que havia mais de um deus.
Segundo a pesquisadora, as primeiras versões da Bíblia apresentavam uma deusa da fertilidade, Aserá, como a possível companheira de Deus. Mas essa não é uma ideia nova. Em 1967, o historiador Raphael Patai já defendia que os antigos israelitas adoraram tanto Yahweh quanto Asherah (Aserá, em português).
Para “provar” a existência dessa suposta “esposa de Deus” são citados indícios em textos antigos, amuletos e estatuetas encontradas por arqueólogos nas ruínas de uma cidade cananéia, na região de Kuntillet Ajrud, que hoje pertence à Síria. Inscrições em cerâmica encontrada no deserto do Sinai também mostrariam que Yahweh e Asherah eram adorados em conjunto. Também colaboraria para isso a passagem no Livro de 1 Reis que menciona uma imagem da deusa colocada no templo do Senhor e teria sido adulterada posteriormente.
Para “provar” a existência dessa suposta “esposa de Deus” são citados indícios em textos antigos, amuletos e estatuetas encontradas por arqueólogos nas ruínas de uma cidade cananéia, na região de Kuntillet Ajrud, que hoje pertence à Síria. Inscrições em cerâmica encontrada no deserto do Sinai também mostrariam que Yahweh e Asherah eram adorados em conjunto. Também colaboraria para isso a passagem no Livro de 1 Reis que menciona uma imagem da deusa colocada no templo do Senhor e teria sido adulterada posteriormente.
Presidente do Centro de Estudos Judaicos do Arizona e do Instituto Albright de Pesquisas Arqueológicas, J. Edward Wright defende a tese de Stavrakopoulou, afirmando que várias inscrições hebraicas mencionam “Yahweh e sua Asherah”. Ele acrescenta que o nome de Asherah não foi inteiramente retirado da Bíblia por seu editores do sexo masculino.
Wright explica que ela era uma divindade importante, símbolo de fertilidade no antigo Oriente (foto), conhecida por sua força e cuidado. Afirma ainda que seu nome por vezes foi traduzido como “árvore sagrada”. Há relatos de que essa árvore foi “cortada e queimada fora do Templo, numa atitude de certos governantes que tentavam ‘purificar’ o culto e dedicar-se à adoração de um único Deus masculino, Yahweh”. ”Mas os vestígios dela permanecem e, com base nisso, podemos reconstruir o seu papel nas religiões do Levante do Sul”, conclui o estudioso.
Aaron Brody, diretor do Museu Bade e professor adjunto de Bíblia e Arqueologia na Pacific School of Religion, diz que os antigos israelitas eram politeístas e que só uma “pequena porção” adorava apenas a um Deus. Para ele, foi o exílio de uma comunidade de elite dentro da Judeia e após destruição do Templo de Jerusalém em 586 AC que os levaram a uma “visão universal do monoteísmo restrito.”
A popularidade de Stavrakopoulou com o programa de TV está gerando curiosidade sobre seus livros e artigos, que são a base da série da BBC. Tradicionalmente o material da emissora inglesa é exportado para o mundo todo, portanto essa questão logo deverá chegar a muitos países.
E onde fica o "EU SOU"? (...) Claro, Deus tem esposa... por isso Ele cita a Azera várias vezes, assim como ele gosta muito de quem adorava vários deuses no velho testamento. Francamente...
ResponderExcluirRealmente é algo absurdo tal tese. Conforme as descrições do Apocalipse, que é um livro escrito por meio de simbologias, a noiva de Cristo é a Sua Igreja.
ResponderExcluirMandou bem playboy!
ResponderExcluirRealmente havia algumas frentes politeístas nas religiões judaicas. Em Jr 44, o profeta se vê em meio a um caos idólatra, onde algumas mulheres estavam adorando uma certa "rainha dos céus".
Se tratava de um sério desvio religioso que é combatido por Jeremias.
Este tipo de situação também contribui para as conclusões equivocadas desta bela, mas ordinária teóloga inglesa.
Acho que o "mandou bem playboy" só funciona se entendermos o que é viés de confirmação, ou seja, está certo se bater com aquilo que a pessoa pensa. Seguindo que a matéria não tem um só pesquisador falando isso, cada qual com seus estudos - e é assim que se faz pesquisa científica, pesquisando e não no "amém" - a professora e o pesquisador Aaron mostram que existe sim uma possiblidade de que existiu um culto politeísta. Hoje parece absurdo para quem fala, mas esta pessoa falará a partir do que leu na bíblia. Vestígios em várias partes do Egito e Palestina dizem o contrário. Sabemos que estudar a bíblia é estudar a bíblia, e não o que houve de fato na época, vide o exemplo de Jeremias que foi verificado ser um "Yahwehita" ou o rei Josias e seu profeta Hilquias que milagrosamente "achou" o livro de Deuteronomio quase 500 anos depois da época que teria sido escrito, e que verificou ser forjado na época para induzir o povo a adorar Yahweh. Alguém pode dizer "ah, isso tudo que estão falando é coisa do Diabo", então diga amém e não fale que a pesquisa está errada, pois fé (religião) e dúvida (ciência) são coisas opostas, tal como óleo e água, e não há detergente que faça os dois se unirem.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?NR=1&v=g3zHxUurS-A
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