O Christian Post ouviu pastores de diversas igrejas para obter opiniões sobre a carta deixada por Wellington Menezes de Oliveira, 23, que na última quinta-feira, 7, entrou armado na Escola Pública Tasso da Silveira e atirou em alunos, matando 12 pessoas e se suicidando assim que a polícia entrou no prédio.
Na carta deixada, o jovem pediu a visita de um “fiel seguidor de Deus” para orar e pedir “perdão de Deus pelo que eu fiz rogando para que na sua vida Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna”.
Diante dessas palavras os teólogos entrevistados dizem que biblicamente não é possível receber perdão divino após a morte. Um dos pastores que sustenta essa versão é pastor presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes, considerado um dos maiores teólogos da linha conservadora do Brasil. “Não há nada na Bíblia para justificar o pedido de perdão do assassino”, disse o reverendo ao CP. Mesmo sem ser capaz de distinguir a doutrina exata de Oliveira através da carta, o teólogo disse que “uma condição para o perdão é o arrependimento do pecado” e no caso “o assassino não mostrou nenhum sinal de arrependimento.”
Pouco se sabe sobre a religião que o atirador seguia, familiares e vizinhos falam que ele era Testemunha de Jeová na infância, mas sua irmã, Rosilane de Oliveira, 49, afirmou que ele havia se tornado mulçumano e passava o dia pesquisando sobre o islã na internet e também teria deixado a barba crescer. O conteúdo escrito mistura alguns aspectos da religião islâmica com posicionamentos cristãos. O presidente da União Nacional de Entidades Islâmicas do Brasil, Jamel El Bacha, assegurou nesta quinta-feira, que o atirador não tinha vínculos com a representação e a religião muçulmana. Além disso, a organização denunciou o crime chamado de “insano e inexplicável.”
Quem também reforça a posição do pastor presbiteriano sobre não ter perdão após a morte é o Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira, Sócrates Oliveira de Souza. Segundo ele, premeditar tirar a vida das pessoas e tendendo continuar a matança se não fosse barrado por policiais, “Oliveira não mostrou seu arrependimento.” Para ele, é claro o que a Bíblia diz: “Depois da morte não há possibilidade física de arrependimento, não há possibilidade de salvação” , disse ele ao The Christian Post.
Ciro Sanches Zibordi, escritor evangélico, concordou que “não é possível morrer perdido e obter perdão ‘post mortem.’” E que provavelmente ele não era evangélico pois ele “distorceu o que Jesus ensinou.” “Em nenhum momento há incentivo, nas páginas sagradas, à vingança, ao revide, à retaliação por parte do cristão para com as pessoas que se lhe opõem (Rm 12.17-21). Pelo contrário, o Senhor Jesus nos manda amar os nossos inimigos (Mt 5.43-48).”
O pastor Neil Barreto da Igreja Batista Betânia, que fica a poucos metros da escola onde o massacre aconteceu, caracterizou o caso como “o começo do Fim dos Tempos”. Seus filhos eram amigos das vítimas e pelos menos 30 crianças de sua igreja estudadavam na escola.
Para Barreto, o atirador já era um “morto” e “só estava vivo biologicamente. Ele iria concretizar o que de fato já era – se encontrar com a morte – Porque ele era um morto.”
Neil Barrteo acredita que casos assim é fruto de uma ação demoníaca. “É uma ação demoníaca tentando tirar as crianças que representam o nosso futuro e a nossa esperança. Mas não vai ter sucesso,” concluiu.
Nota do blogueiro: Concordo plenamente com o posicionamento dos pastores em relação a impossibilidade de perdão pós-morte, uma vez ser isso categoricamente rejeitado pela Escritura (Lc 16.19-31). No caso da afirmação do amado Pr. Neil, tenho apenas uma pequena ressalva a fazer. É claro que não podemos descartar a possibilidade de uma ação demoníaca em Oliveira, possuindo-o de tal forma a levá-lo a cometer tal brutalidade, mas não podemos nos esquecer que, o homem sem a graça de Deus em Cristo, é escravo do pecado e está sujeito aos seus próprios desejos e capaz de tudo para realizá-los. A Bíblia ensina que o pecado matou o homem espiritualmente e o afastou de Deus (Gn 2.17; Is 59.2; Rm 7.14).
David N. Steele e Curtis C. Thomas afirmam sobre a pecabilidade humana: “O homem natural está escravizado pelo pecado: é filho de Satanás, rebelde para com Deus, cego para com a verdade, corrompido e incapaz de salvar-se a si mesmo ou de preparar-se para a salvação. Em resumo, o não regenerado está morto em pecado e sua vontade está escravizada à sua natureza má”.
Somente a graça de Deus aplicada mediante a obra redentora de Jesus Cristo pode mudar este triste quadro em que se encontra o homem natural. Por isso, a grande e urgente necessidade de pregar o Evangelho a todos, indistintamente.
Bom post.
ResponderExcluirEspero que neste país não comecem a julgar o islamismo como uma religião criadora de terroristas porque isso não tem nada ver.
ResponderExcluirseremos iguais os gringos do norte o povo estúpido aquele!!