quinta-feira, 1 de setembro de 2011

UFC é coisa do diabo?



Gostei muito deste texto do Pr. Renato Vargens. Demonstra uma coerência e lucidez raras entre os evangélicos, uma vez que, não são poucos os que demonizam o esporte de contato MMA.

UFC é coisa do diabo?

Ultimamente tenho ouvido inúmeras pessoas criticarem ou falarem mal do Ultimate Fight Championship.

Pois é, alguns rejeitam o esporte em questão  por acharem  violento demais, outros, por acreditarem que qualquer tipo de luta marcial é coisa do cão.

Bom, o Ultimate Fight Championship, ou UFC  é um evento de luta realizado periodicamente, que reúne os melhores atletas de MMA ou Mixed Martial Arts (Artes Marciais Mistas). 

Segundo os especialistas no assunto, o UFC é como se fosse a liga dos lutadores e é um dos esportes mais conhecidos e comentados do mundo. Nos Estados Unidos já é considerado o substituto do Boxe, tendo em suas lutas enormes apostas e a presença dos mais variados tipos de celebridades e magnatas.

As lutas são realizadas em um ring chamado de Octagon. Nas regras, a luta acaba ao final do número de rounds (sendo mais comum 3 rounds de 5 minutos nas lutas preliminares e 5 rounds de 5 minutos nas lutas principais) ou quando um oponente é imobilizado ou nocauteado.

Há pouco um irmão amado me disse: Pastor, esse negócio de UFC é coisa do diabo! Um crente em Jesus não pode se envolver com um esporte tão violento como esse! Isso é sangrento demais! Isso sem falar que a prática de artes marciais oferece legalidade a Satanás.

Caro leitor, como já escrevi anteriormente, a capacidade de alguns dos evangélicos criarem factóides é de apavorar qualquer um. Sinceramente parece que estes caras estão usando algum tipo de alucinógeno. Confesso que fico chocado com  afirmações deste povo! Ora, afirmar que o UFC é obra do Coisa Ruim é demais da conta não é verdade?  Tudo bem que as lutas são fortes e em alguns casos demasiadamente violentas , todavia, afirmar que isso se deve ao cramulhão é viajar na maionese.

Prezado amigo, posso dar uma sugestão? Você pode até não gostar das lutas e do UFC, (o que é um direito seu), todavia,  não satanize o que não pode ser satanizado! Não demonize um esporte simplesmente pelo fato de que você o considera violento demais.

Outro ponto importante a ser ressaltado é que NINGUÉM tem o direito de impor suas percepções doutrinárias relacionados a luta esportiva ao povo de Deus. Ouso afirmar, que assistir ou não o UFC encontra-se na esfera da pessoalidade e não doutrinária, o que permite com que o individuo decida segundo a sua consciência se deve ou não assistir as lutas em questão.

Não quer ver, não veja, contudo não condene quem vê, nem tampouco espiritualize o que não deve ser espiritualizado.

Pense nisso!

Renato Vargens

O Pr. Vargens publica seus bons textos em seu blog: http://renatovargens.blogspot.com/
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Apenas corrigindo um pequeno equívoco do Pr. Vargens: As lutas do UFC comuns, têm 3 rounds de 5 minutos cada. Já as lutas que valem defesa de cinturão (título), têm 5 rounds com os mesmos 5 minutos de duração. O pastor mencionou "lutas especiais".

Para os eventuais curiosos, deixo a minha opinião: Não sou contrário a prática de nenhuma arte marcial. Eu mesmo já pratiquei Karatê e Muay Thai. As artes marciais trazem consigo valores morais e conceitos éticos elevados, que ajudam no desenvolvimento integral de crianças e na boa preparação de indivíduos para a sociedade.

É claro que maus professores e maus alunos existem em qualquer modalidade esportiva e, em relação a fé, entendo que os preceitos filosóficos orientais que envolvem as lutas marciais, devem ser evitadas, o que não desabona a prática das lutas como esporte.  

8 comentários:

  1. Pastor, quanto a adoração a certos mestres nos locais de luta. Já pratiquei várias modalidades também, e em algumas os mestres, geralmente orientais, meio que adoravam o mentor deles ou um mestre antigo. Praticar o esporte em tais lugares seria compactuar com a adoração dele? Ou vai dependender de como eu lido com isso, por exemplo, se eu vou ou não orienta-lo de que tal pratica não é correta de acordo com a Bíblia?
    Muito bom o Artigo, gostei bastante da parte que ele fala em não tornar como doutrina opiniões pessoas que nada tem relação com a doutrina!!

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  2. Olá Marcus Vinicius!
    Primeiramente, obrigado por seu comentário e contribuição.
    Como eu disse no final do artigo, as artes marciais como prática esportiva e defesa pessoal é algo extremamente benéfico para a saúde do corpo e da mente. Sou fã de artes marciais e condeno a demonização que alguns irmãos fazem do esporte, por causa do contato.
    Ali não se trata de uma agressão, mas um esporte agressivo. A agressão, propriamente dita, se dá quando uma das partes é atacada de forma arbitrária, como por exemplo, um assalto ou uma briga provocada.
    No MMA, são 2 profissionais devidamente preparados para o combate, cientes das regras e de que tudo não passa de um esporte, a despeito da agressividade.
    Mas, respondendo sua questão... Realmente a filosofia oriental apregoada por alguns mestres, em parte, não devem ser seguidas pelo praticante cristão. As lutas marciais devem ser praticadas tão somente como esporte ou método de defesa pessoal.
    O melhor, é procurar uma academia onde os ritos religiosos típicos dos orientais não sejam seguidos, ou, se forem, que não sejam obrigatórios aos alunos.
    O cristão precisa ser equilibrado. Vivemos num mundo feito para não cristãos, logo, se formos radicais, deixaremos de ir, de fazer e de comprar muitas coisas, haja vista que, a maioria dos produtos que compramos (inclusive usados nos templos cristãos), não são feitos por cristãos.
    Acredito que, se você, ou qualquer outro cristão, for seguro de sua fé, convicto de seu cristianismo, ainda que a academia siga a filosofia oriental tradicional, isso não irá comprometê-lo.
    Um abraço e lembre-se: Quem luta, não briga.
    Um abraço!

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  3. Parabens pelo post , Rev. concordo com a sua visão queria colocar somente uma resalva.
    Quando vc diz "Sinceramente parece que estes caras estão usando algum tipo de alucinógeno." As pessoas criam mecanismo de defesas para evitarem a errar : ex. "sobre bebida alcoolica" e alguns dizem que é coisa do cão para algumas pessoas eles pensam assim pois não sabemos se a pessoa ja foi alcoolatra. Entendo que cada um tem um limite e suas fraquezas.Mas não da o direito da pessoa generalizar e nem externar isso , deve ser algo pessoal. Aqui entra sua frase "Não quer ver, não veja, contudo não condene quem vê, nem tampouco espiritualize o que não deve ser espiritualizado."
    Portanto não podemos fazer o julgamento do irmãozinho "alucinógeno" . Temos que tentar entender a dificuldade de cada um e expor de maneira sensata sem generalizar.Conheço gente que com uma simples estigação é capaz de bater ate a morte , essa pessoa precisa de cuidados e eles procuram paz ,em Cristo e nós como corpo igreja devemos entender o que estão procurando, a cura para o seu mal e cada um tem o seu.
    paz em Cristo

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  4. Olá Cristiano! Obrigado pela sua colaboração e pertinente observação. Espero que você continue sendo um bom auxílio aqui no blog, a fim de que a qualidade melhore cada vez mais. Seja um dos seguidores! Isso mundo me honrará.
    Apenas uma coisa: O presente texto não é de minha autoria, mas do Pr. Renato Vargens. Evidentemente eu o postei por concordar com sua postura, mas a sua observação foi muito boa e eu concordo com ela.
    Não podemos julgar os irmãos que não apreciam o esporte. Eles devem ter lá sua razões para isso. E se, tais razões não forem suficiente para nós, elas o são para eles, e isso lhes basta.
    O apóstolo Paulo nos ensina isso em 1Co 8. O contexto é sobre o consumo de carne sacrificada a ídolos, mas o princípio se aplica em muitas situações e, creio que esta é uma delas.
    Um abraço!

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  5. Belo post pastor , mas na minha opnião creio que essas tais lutas não do diabo , mas so uma resalva , no meu modo de ver , não convém a crentes assistir a mesma ,sendo que , não traz nenhuma edificação e creio que não glorifica o nome de Deus , se bem que alguns dizem ser um momento de lazer , mas mesmo assim , mesmo sendo em áreas ou momento de lazer , temos que glorificar a DEUS TANTO NO FAZER COMO NO FALAR.
    GRAÇA E PAZ

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  6. Meu caro Filipe, obrigado pela sua participação. Vamos aos fatos: Estamos tratando de um esporte e não de agressão física desenfreada. O MMA possui regras e os atletas sabem exatamente do que se trata.
    Acredito que a sua postura é muito espiritualista. Você fala sobre a glória de Deus, pois bem, me diga uma coisa: Qual seria a prática esportiva que contribui para a glória de Deus? O futebol, com suas rivalidades animalescas, com as entradas desleais e os bate-bocas entre jogadores? E, ainda, com os palavrões proferidos em campo e nas arquibancadas?
    Eu poderia citar mil problemas existentes em cada prática esportiva existente que, inevitavelmente, a descredenciaria como algo que glorifique ao Senhor. O crente precisa ser equilibrado em tudo e saber conduzir seu senso crítico sem espiritualizar o que não deve ser espiritualizado. Percebe-se que a sua colocação foi baseada em alguma opinião de terceiro na net, porque, a princípio, não há a reflexão crítica acerca dos demais esportes.
    Esporte é esporte e, todos eles, trazem uma carga de agressividade, alguns física e outros verbalmente e, outros ainda, das duas maneiras.
    Pense nisso.
    Um abraço!

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  7. concordo plenamente com o pastor Vargens que postou esse comentário, confesso que ja fiquei na duvida por que o meu pai me critica mito dizendo que isso não é esporte para um evangélico, por isso eu fiquei meio que na duvida. Mais depois deste depoimente confesso que estou mais tranquilo a respeito desse assunto pois sou um grande fã e praticando das artes marciais faço o muay thai, jiu jitsu e kunf sanda (sanshou) e não pretendo pra tão cedo, pois eu amo muito o que eu faço.
    QUE DEUS CONTINUE ABENÇOANDO SUA VIDA MAIS E MAIS...

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