No dia 26 de março, uma
mulher de cabelos curtos e roupa escura subiu ao palco para dar um depoimento.
Suas primeiras palavras foram: “Meu nome é Teresa. Sou pastora de uma igreja
metodista, pelo menos era. Eu me tornei ateia”. Na plateia, centenas de pessoas
vibraram por mais de um minuto [ver vídeo abaixo], comovendo a ex-pastora, que
teve de enxugar uma lágrima.
O depoimento de Teresa
MacBain (foto), 44, foi um dos pontos altos da conferência de
ateus realizada naquela mês em Bethesda, no Estado de Maryland (EUA). Após os
aplausos, ela disse que tinha sido uma “inimiga” deles. A plateia riu. O vídeo pode ser visto aqui.
Filha de um sacerdote
conservador, ela contou ter sido pastora em Tallahassee (Flórida) por mais de
10 anos. Em 2009, tinha sido promovida a pastora sênior, cumprindo a rotina de
dar dois sermões por domingo, cantar hinos, orar por doentes. Mas ela tinha de
parar com aquilo por uma questão de consciência e de lealdade para com os
fiéis, porque deixou de acreditar em Deus. Seu último sermão foi no
domingo dia 18 daquele mês. Falou de seu passado, de suas angústias e da
necessidade de seguir novos caminhos.
Por algum tempo Teresa se
sentiu aterrorizada só de pensar na reação dos fiéis quando soubessem de sua
descrença. Mas naquele domingo decidiu que não iria mais se importar com isso.
Não foi fácil para Teresa
lidar com sua consciência e se assumir como descrente, mas agora ela se defronta
outro problema, o da rejeição.
Dan Barker, um ex-pastor que
atualmente é co-presidente da FFRF (Freedom From Religion
Foundation), uma organização de ateus e livres pensadores, já tinha
avisado Teresa: “É preciso estar preparada porque você vai perder a família, o
emprego, tudo”.
Foi o que aconteceu.
Alguns dos parentes de Teresa
mandaram dizer que não a querem em suas casas e a maioria de seus amigos — pastores
entre eles — deixou de falar com ela. Teresa não sai de casa sozinha
por causa das ameaças de violência que vem sofrendo pela internet, algumas
delas de fiéis que não se conformam com a “enganação” dela. Agências desmarcaram
as entrevistas que ela tinha marcado para obter novo emprego. Uma associação de
humanistas da Flórida se ofereceu para lhe pagar um salário por um ano.
O que ajudou Teresa em seus
momentos de crise de consciência foi o Projeto Clero, da Fundação Richard Dawkins. Trata-se
de uma comunidade virtual anônima para dar apoio a sacerdotes ateus, principalmente
aos que se encontram “dentro do armário”. Ao longo de meses Teresa teve contato
com uma pessoa cujo pseudônimo é “Lynn”, que é um dos responsáveis pelo
projeto.
O futuro profissional de
Teresa ainda é incerto. Mas ao menos ela deixou de sentir dores de estômago e
de cabeça aos domingos, antes dos sermões nos quais dizia coisas em que não
acreditava. “Agora me sinto bem.”
Fonte: Pavablog
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Será que ela, realmente, um dia creu mesmo em Deus? Será que a Pastora Teresa, realmente já desfrutou da riqueza e da alegria da comunhão com Deus? Acho que não. E foi exatamente este sentimento de vazio que a conduziu para aquilo que ela sempre teve no coração - incredulidade.
Que Deus tenha misericórdia dela.
Triste e Difícil: De um lado alguém que diz não acreditar em Deus e de outro lado, pessoas que dizem acreditar em Deus e fazem práticas que não convém ao que dizem viver. Ao ver a reação dos parentes e ex-pastoreados por ela, vemos algo comum que muitas pessoas sem Cristo acabam cometendo... Algo que ao meu parecer é frio, sem amor.
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