Durante a Semana Santa um grupo de fanáticos religiosos das Filipinas se autoflagelam e até aceitam ser crucificados para “sentir” a mesma dor de Cristo.
O programa Domingo Espetacular, da Rede Record, exibiu uma reportagem sobre esses fanáticos no último domingo (12/06/2011), mostrando a caminhada de autoflagelação e até o ritual de crucificação.
Muitos desses participantes são católicos que levam a devoção ao extremo, castigando o próprio corpo. Eles caminham por duas horas, sozinhos ou em grupos, se açoitando até sangrar ou até não suportarem mais o suplício.
As cenas são fortes, mas não se comparam com as cenas dos que aceitam serem crucificados, com pregos nas mãos e nos pés. Eles acreditam que dessa forma o corpo e alma serão purificados.
Você pode conferir a reportagem no vídeo abaixo.
Em tempo: Essa autoflagelação e crucificação não passam de atitudes insensatas, movidas por uma fé cega, desprovida de de fundamentação bíblica e teológica. As Escrituras ensinam que o Senhor Jesus levou sobre Si as nossas dores (Is 53.1-12); diz também que o Seu sacrifício foi perfeito, cumprindo cabalmente o seu propósito de redimir os eleitos e trazendo a purificação dos pecados (Hb 9.28, 10.14). O sacrifício exigido dos cristãos, hoje, é o seu culto ao Senhor, racional, sincero e puro (Rm 12.1,2).
Esses fanáticos filipinos trazem consigo uma influência do gnosticismo antigo, que ensinava fundamentalmente que o corpo (matéria) é mal, já o espírito é bom. Para desenvolver e libertar o espírito é necessário castigar o corpo.
Se o mal está na matéria, a solução lógica para o mal é a libertação deste mundo, que se dá após sucessivas passagens da alma na Terra (reencarnação). É por isso que, nas doutrinas gnósticas modernas, o corpo é invariavelmente visto como prisão do espírito. Assim, a solução para o mal no mundo é dada pelo homem, a partir do progressivo desenvolvimento espiritual, quando, tendo atingido um grau máximo de purificação, não mais precisa "rebaixar-se" ao mundo material.
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