Ontem (23/06) aconteceu em São Paulo/SP, a Marcha para Jesus, evento que acontece no Brasil desde 1993 e é encabeçada pela Igreja Apostólica Renascer em Cristo, liderada pelo casal Estevam e Sônia Hernandes. Segundo informações da Renascer, mais de 5 milhões de pessoas marcharam nas ruas da capital paulista, número este que gerou espanto no "apóstolo" Estevam Hernandes.
O evento contou com a participação de diversas lideranças evangélicas, como os pastores Silas Malafaia, Jabes de Alencar, o senador Magno Malta e o bispo Marcelo Crivela. Também houve a participação de bandas e artistas gospel como Oficina G3, André Valadão, Katsbarnea, entre outros que você confere aqui. Este ano, os discursos da marcha foram de protestos contra a PL 122 (Lei da Homofobia) e a decisão do STF acerca da união estável entre pessoas do mesmo sexo.
Posições divididas
A MPJ é um evento que divide opiniões - alguns concordam, outros discordam. Os concordantes afirmam que a marcha é um evento que mostra a força e a unidade dos evangélicos, como afirma o Pr. Jabes de Alencar. O bispo Crivela afirma que a marcha é uma grande demonstração da liberdade de culto que temos.
No site oficial, a descrição do propósito da marcha é promover a unidade dos cristãos e evangelizar. No entanto, no decurso dos anos, os propósitos da marcha parecem ter sofrido algumas mudanças na prática, que fogem do propósito inicial. Tais mudanças geraram uma reação numa ala evangélica, resultando num movimento de oposição à realização da marcha.
Grupos evangélicos de orientação teológica tradicional e pentecostal, têm levantado diversas questões que depõe contra as práticas e os propósitos atuais da marcha. Entre as críticas, existe aquelas que questionam a teologia do evento, que é voltada para a confissão positiva, o movimento de batalha espiritual, os atos proféticos, etc (veja aqui um artigo sobre isso). Além disso, também se questiona a promoção da imagem de líderes de caráter questionável, além da grande movimentação financeira e comércio que envolve o evento.
O blog Genizah apresentou críticas de alguns opositores da marcha que, enquanto protestavam contra ela, teriam sido agredidos por seguranças e até pastores da Renascer (veja os posts aqui e aqui).
Na minha opinião, a MPJ já foi um evento evangelístico. Digo já foi porque, de fato, os ideais foram sendo alterados no decurso dos anos e, a preocupação atual está mais nas questões políticas e financeiras, do que na promoção do crescimento do Reino de Deus aqui na terra, e, além disso, a teologia do evento é ruim, foge dos ensinamentos bíblicos e ensina práticas bizarras.
No entanto, também vejo um lado positivo, onde os crentes anônimos e de diversas denominações, se unem e, demonstram crer que, realmente a Igreja pode causar grande impacto na sociedade. Acho que o problema não é o evento em si, mas a sua teologia mal elaborada e o estrelismo de seus líderes, além do comércio que a envolve. Se o evento fosse tão somente para proclamar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, seria válido a sua realização.
O que o povo de Deus precisa compreender, é que, nada coopera mais para a expansão do Reino de Deus na terra do que a simples vivência do Evangelho; nada impacta mais do que o testemunho de vida simples e piedosa, pautada pela prática do verdadeiro amor, aquele mesmo, ensinado e vivido por Jesus Cristo. Infelizmente, poucos se dispõem a viver assim. É simples demais e, para que simplificar, se podemos complicar?
O que o povo de Deus precisa compreender, é que, nada coopera mais para a expansão do Reino de Deus na terra do que a simples vivência do Evangelho; nada impacta mais do que o testemunho de vida simples e piedosa, pautada pela prática do verdadeiro amor, aquele mesmo, ensinado e vivido por Jesus Cristo. Infelizmente, poucos se dispõem a viver assim. É simples demais e, para que simplificar, se podemos complicar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário